Algumas pessoas em
função de experiências, oportunidades ou consequências, se obrigam em um
determinado momento a rever suas atitudes em relações as outras pessoas.
Essa reavaliação pode ocorrer por um trauma, por uma mudança familiar ou profissional ou ainda por consequências de uma escolha futura.
Em alguns casos a mudança chega de certa forma a ser até radical, porém de imediato as pessoas ao redor começam a julgar a transformação, chegam a inventar para si ou para os outros, o motivo pela qual a pessoa modificou seu comportamento.
Fica-me a dúvida:
“Como as pessoas tem capacidade de julgar os outros sem ter informações concretas sobre o assunto? O que lhe dá o direito de julgar sem sequer perguntar o motivo?”
De imediato me vem à cabeça:
“Por um motivo bem simples, o ser humano tem uma tendência bem natural e prazerosa de se meter na vida do outro e, além disso, ama disseminar suposições que nada mais são que fomentos a fofoca”.
Mas óbvio que não se pode generalizar, afinal em boa partes das vezes essa tentativa de entendimento nada mais é do que uma preocupação com a pessoa transformada e isso sim para mim é uma grande prova de carinho.
Só que naturalmente essas pessoas por prazer ou por preocupação dificilmente perguntam o que aconteceu ou se a pessoa está mais feliz assim. Apenas entendem ou deduzem ou ainda criticam e seja qual a opção, com certeza procurarão alguém para comentar.
Que sejamos a nossa natureza, ou seja, que julguemos os outros como nós fomos “ensinados”, porém que tal se todos antes de fechar uma opinião, procurássemos o outro para ter certeza de que nosso “feeling” está certo?
Por qual motivo, não podemos pelo menos nos preocupar em fofocar coisas que temos certeza?
Por qual motivo, não nos preocupamos em condenar quem de fato merece a culpa?
Por qual motivo, não pensamos que julgamentos errados ou suspeitos, podem influenciar a convivência com a pessoa modificada e com quem seria culpado pela modificação?
Julgamentos equivocados afastam as pessoas, não as aproximam!
Eu julgo muito, a mim e aos outros, é a minha natureza, mas procuro sempre não me esconder atrás de meus pensamento, gosto de expor o que penso e sinto, para que ninguém nunca tenha dúvida até onde fui.
Eu também procuro
ter certeza de que o que penso é coerente, afinal o prejuízo de meu julgamento
pode ser (e muito) meu também!
Julgar é natural e comum, mas saber usar o julgamento é uma grande demonstração de evolução e eu caminho nesse sentido... falho... mas levanto e tento seguir nessa direção de novo!
E você?