terça-feira, 18 de março de 2014

Atire a primeira pedra, quem nunca julgou! - 18/03/14



Algumas pessoas em função de experiências, oportunidades ou consequências, se obrigam em um determinado momento a rever suas atitudes em relações as outras pessoas.

Essa reavaliação pode ocorrer por um trauma, por uma mudança familiar ou profissional ou ainda por consequências de uma escolha futura.

Em alguns casos a mudança chega de certa forma a ser até radical, porém de imediato as pessoas ao redor começam a julgar a transformação, chegam a inventar para si ou para os outros, o motivo pela qual a pessoa modificou seu comportamento.

Fica-me a dúvida:

“Como as pessoas tem capacidade de julgar os outros sem ter informações concretas sobre o assunto? O que lhe dá o direito de julgar sem sequer perguntar o motivo?”

De imediato me vem à cabeça:

“Por um motivo bem simples, o ser humano tem uma tendência bem natural e prazerosa de se meter na vida do outro e, além disso, ama disseminar suposições que nada mais são que fomentos a fofoca”.

Mas óbvio que não se pode generalizar, afinal em boa partes das vezes essa tentativa de entendimento nada mais é do que uma preocupação com a pessoa transformada e isso sim para mim é uma grande prova de carinho.

Só que naturalmente essas pessoas por prazer ou por preocupação dificilmente perguntam o que aconteceu ou se a pessoa está mais feliz assim. Apenas entendem ou deduzem ou ainda criticam e seja qual a opção, com certeza procurarão alguém para comentar.

Que sejamos a nossa natureza, ou seja, que julguemos os outros como nós fomos “ensinados”, porém que tal se todos antes de fechar uma opinião, procurássemos o outro para ter certeza de que nosso “feeling” está certo?

Por qual motivo, não podemos pelo menos nos preocupar em fofocar coisas que temos certeza?

Por qual motivo, não nos preocupamos em condenar quem de fato merece a culpa?

Por qual motivo, não pensamos que julgamentos errados ou suspeitos, podem influenciar a convivência com a pessoa modificada e com quem seria culpado pela modificação?

Julgamentos equivocados afastam as pessoas, não as aproximam!

Eu julgo muito, a mim e aos outros, é a minha natureza, mas procuro sempre não me esconder atrás de meus pensamento, gosto de expor o que penso e sinto, para que ninguém nunca tenha dúvida até onde fui.

Eu também procuro ter certeza de que o que penso é coerente, afinal o prejuízo de meu julgamento pode ser (e muito) meu também!

Julgar é natural e comum, mas saber usar o julgamento é uma grande demonstração de evolução e eu caminho nesse sentido... falho... mas levanto e tento seguir nessa direção de novo!

E você?

segunda-feira, 17 de março de 2014

Coerência, Síndrome de Gabriela ou Teimosia? - 14/03/14



Há pouco tempo publiquei um texto sobre falha humana e em função do meu dia, me veio a mente um conceito que se assemelha, porém ao invés de falar da falha, fala das características e percepções de cada um.

Uma pessoa que sempre reage da mesma maneira em situações iguais pode ser uma pessoa coerente com seus princípios ou pode sofrer da síndrome de Gabriela ou ainda para alguns pode ser um cidadão teimoso.


Independentemente de qual situação que a realidade se encaixe, a dúvida sempre que deve ficar não é o que os outros pensam, mas sim aquilo que vc sente por ser igual.


Eu não acredito em uma pessoa igual em todos os sentidos, afinal nossa caminhada nos torna pessoas diferentes, seja para melhor ou para pior.

N
o entanto acredito que a percepção moral possa ser a mesma, quando criança ou quando adulto, porém me fica a dúvida: será que o grau da condenação terá o mesmo peso?

Algumas de nossas características, em especial as de nossas personalidades são muito difíceis de mudarem, mas será que somos educados e preparados para com o decorrer do tempo lapidar nossas incoerências, nosso defeitos e nossas limitações?


Talvez antes dessa dúvida, a principal seja: eu consigo reconhecer as minhas dificuldades?Eu tenho ciência de quem sou perante as pessoas que fazem parte de minha vida?


Talvez mesmo com muita reflexão filosófica, alguns conceitos se aproximem de nós e comecem a fazer sentido para as possíveis mudanças.


E aí eu me pergunto novamente e quando nossas características são tão marcantes que fazem das pessoas próximas repetirem sempre os mesmos discursos ou jargões? Será que no fundo no fundo, os resultados podem sempre ser os mesmos, independentemente do quanto consigamos evoluir?


Inevitavelmente ter medo de quem somos ou das reações dos outros em relação a isso, talvez seja mais natural do que possamos imaginar e o que prevalece dessa filosofia é que as mudanças podem ser provocadas pelo externo, mas só acontecerão se nós tivermos percepções internas de que isso é possível e de que queremos de fato a reviravolta.


Que possamos vivenciar nossos conflitos, que possamos ter medo de quem somos, que possamos enfrentar as consequências daquilo que somos incapazes de mudar e que acima de tudo não deixemos de aprender com cada passo de nossa caminhada!

Falha humana - 27/02/14


As vezes a perfeição é o objetivo de algumas pessoas para tudo, mesmo sabendo que ela é inalcançável. Para as pessoas que buscam o ótimo, as falhas têm um valor muito maior do que para as que esperam o “nada”, o “tanto faz” ou até mesmo o “bom”.

E quando a falha acontece e ela é identificável, para esse nicho de pessoas, o mundo parece desmoronar. E quando a falha agrega ao cenário: ser fruto de um defeito pessoal, não ser a primeira vez que acontece e ainda por cima machucar pessoas que você gosta. Seria caso de morte? (risos)


A sensação pode até parecer, mas neste caso quando envolve pessoas queridas, normalmente se avalia que as desculpas não fazem o tempo e a oportunidade voltar ou tão pouco, um perdão cobre a ausência de uma inação.


É difícil aceitar quando se já viveu o episódio, reconheceu-se a falha e mesmo assim, por ações instintivas e impensadas você volta a repetir os mesmos erros. Saber o que é melhor, nem sempre significa que você tenha a capacidade de melhorar naquele momento.


Nestas horas só me vem à cabeça que o melhor é a pessoa arcar com as consequências, assumir suas falhas, realizar uma autorreflexão e estabelecer uma nova estratégia para tentar evitar a reincidência.


Que erros sejam parte de nossa vida, mas que possamos sempre tentar evoluir com o erro dos outros, mas principalmente com os nossos!